Contratação de seguro empresarial

A contratação de um seguro empresarial garante proteção contra os riscos previstos na apólice e o segmento de farmácias e drogarias vem apostando nesse recurso como forma de prevenção

O mercado de seguros empresariais está em evolução no Brasil, principalmente quando o foco são pequenas e médias empresas. Os riscos inerentes a cada segmento de varejo têm levado muitos empresários a consultar e contratar seguros empresariais.

“O seguro é uma ferramenta muito prática e versátil para atender à boa parte dos riscos a que estão expostos os bens materiais das empresas, de baixo custo e, portanto, viável para trazer necessária tranquilidade ao empresário. O mercado de seguros disponibiliza dois importantes produtos para atender ao segmento empresarial brasileiro que são: Seguro Compreensivo Empresarial destinado a amparar micro, pequenas e médias empresas e Seguro de Risco Operacional/Risco Nomeado com foco em grandes empresas”, diz o diretor da Global Gold Corretora de Seguros e responsável pela área de Seguros Patrimoniais do site Tudo Sobre Seguros, Adelson A. Cunha.

Nos últimos cinco anos, o ramo cresceu 62,9%, ou seja, média de 12,5% ao ano. A informação é do gerente de ramos elementares da Porto Seguro, Jarbas Medeiros. “Cada vez mais empresas se conscientizam da importância do seguro empresarial para o funcionamento e até sobrevivência de suas operações. Entretanto, estudos recentes indicam que cerca de 83% das pequenas e médias empresas ainda não contam com seguro e ainda existe uma grande parte a ser explorada”, conta Medeiros.

A maior profissionalização e qualificação, tanto do negócio como dos empresários, e o crescimento no número de pequenas e médias empresas no Brasil também vêm estimulando a procura pela contratação de seguros empresariais.

Segundo a superintendente executiva de ramos elementares da SulAmérica, Erika Medici, hoje temos, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 8,9 milhões de empresas, sendo que a taxa de sobrevivência delas é de 76%, bem mais elevada quando comparado ao índice de 50% registrado pelo Sebrae há 10 anos.

“Quando falamos do segmento de farmácias e drogarias, notamos, em 2014, um aumento de 52% no número de cotações. Um percentual considerável em relação ao mesmo período do ano anterior, o que demonstra o interesse desses estabelecimentos comerciais por uma maior proteção patrimonial, com destaque para o aumento da procura por garantias relacionadas a roubo e furto. Observamos ainda, um crescimento significativo em número de itens e em prêmios”, conta Erika.

A SulAmérica lançou, no ano passado, um seguro específico para farmácias e drogarias que conta, entre outros, com proteção contra a deterioração de mercadorias armazenadas em ambiente frigorificado, roubos ou furtos de mercadorias e objetos, quebra de vidros, mármores e granitos (incluindo balcões e vitrines) e ainda, responsabilidade civil do profissional farmacêutico, que assegura o estabelecimento no caso de danos causados a terceiros durante o exercício das atividades do profissional, por exemplo, em caso de erro na interpretação de uma receita médica.

“O setor farmacêutico vem apresentando crescimento contínuo nos últimos anos, cujos pontos de vendas estão cada vez mais modernos, com ampliação dos produtos expostos, e voltados a um consumidor com maior poder aquisitivo e uma expectativa de vida cada vez mais elevada”, diz Erika.


Por que contratar?

Seja para uma pessoa física ou empresa, a decisão de contratar um seguro se dá pela necessidade de reparação em caso de perdas ou danos ao bem ou negócio e esta é exatamente a função essencial de um seguro. “À medida que cumpre esse papel, o seguro colabora com os segurados para perenidade do seu negócio, permitindo que, mesmo atingido por um infortúnio imprevisto, possa ter os seus bens repostos e dar continuidade aos negócios, preservando empregos e cumprindo o seu papel dentro da sociedade”, diz Cunha.

As coberturas desse produto visam abranger diferentes tipos de eventos que podem interromper ou até mesmo encerrar as atividades da empresa. “Ele garante desde roubo de medicamentos, no caso de farmácias, até incêndios que podem consumir o prédio, o maquinário e as mercadorias. Eventos desse porte podem abalar financeiramente esse segmento, inclusive ocasionando o fechamento de empresas menores que não contam com uma grande reserva para recompor essas perdas”, comenta Medeiros.

Ao contratar um seguro, o empresário deve verificar:
• Se as importâncias seguradas estão adequadas ao valor do risco proposto.

• Se as garantias adquiridas atendem a suas necessidades de proteção.

• Quais as condições gerais do produto: o que garante e o que não garante.

• E solicitar ao corretor todas as opções de produtos existentes no mercado para o seu modelo de negócio, inclusive a seguradora com melhores condições para assumir o risco.

Fonte: diretor da Global Gold Corretora de Seguros e responsável pela área de Seguros Patrimoniais do site Tudo Sobre Seguros, Adelson A. Cunha

 

Ao buscar uma seguradora, é preciso:
• Contratar um corretor de seguros.

• Ter em mente quais coberturas adicionais estão mais alinhadas com as necessidades do negócio.

• Conhecer a reputação e credibilidade da empresa.

Fontes: gerente de ramos elementares da Porto Seguro, Jarbas Medeiros e a superintendente executiva de ramos elementares da SulAmérica, Erika Medici

 

Segundo Cunha, os seguros disponíveis para as empresas são anuais e de prêmio fixo, com várias opções de parcelamento, objetivando adequar o fluxo de pagamento às necessidades de cada empresa. “Quando contrata uma apólice, você oferece à seguradora um rol de informações acerca do negócio. É com base nesses dados que é definida a aceitação do risco proposto. Assim, durante toda a vigência do seguro, havendo qualquer alteração nas condições do risco, a seguradora deve ser avisada para permitir a reavaliação da aceitação e eventualmente da precificação da apólice”, explica Cunha.

E por falar em preço, segundo Cunha, o seguro é calculado levando-se em conta as coberturas contratadas, o valor segurado de cada uma delas, o local onde se localiza o estabelecimento e o tipo de construção do imóvel. “O valor do prêmio é fruto de uma taxa que representa essas variáveis e aplicada a cada garantia adquirida. O custo representa muito pouco em relação ao valor em risco”, explica.

Comparado com outras modalidades de seguro, o produto empresarial é relativamente baixo. “O preço médio para uma farmácia de médio porte fica em torno de R$ 1.200,00 ao ano”, diz Medeiros.

De uma forma geral, os seguros compreensivos empresariais são do tipo multirriscos, ou seja, em uma mesma apólice, é possível comprar cobertura de incêndio, queda de raio e explosão, única obrigatória, e inúmeras outras que venham a atender à necessidade de proteção para cada tipo de estabelecimento.

“Assim, é possível agregar ao seguro outras opções de coberturas, tais como danos elétricos, roubo de bens e mercadorias, arrastão em estabelecimento comercial, vendaval, furacão, tornado, granizo, lucros cessantes, responsabilidade civil, alagamento e inundação, quebra de vidros, instalação em novo local e muito mais”, diz Cunha

 

Autor: Adriana Bruno

Economia e o varejo

Edição 270 - 2015-05-01 Economia e o varejo

Essa matéria faz parte da Edição 270 da Revista Guia da Farmácia.

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