O mau cheiro oriundo dos pés, mais conhecido como chulé, é decorrente de ações bactericidas. Existem diversas alternativas disponíveis para o controle do problema
Popularmente conhecida como chulé, a bromidrose é o suor com cheiro desagradável, produzido pelas glândulas sudoríparas, que tanto causa constrangimento aos pacientes que sofrem com o problema. O odor nos pés surge pela decomposição do suor gerado por microrganismos presentes na região que, por meio de um processo de fermentação, liberam gases.
“Transpiração é uma função fisiológica natural e essencial que regula a temperatura do corpo. Uma pessoa, em média, transpira até um litro diariamente. Entretanto, a transpiração pode ser tanto inconveniente quanto embaraçosa. Marcas úmidas nas roupas, mãos pegajosas, pés que cheiram mal são desconfortáveis e incômodos sintomas de transpiração excessiva”, alerta o diretor-geral da Osler, Paulo Castejón Guerra Vieira.
Segundo informa o executivo, o excesso de suor nos pés não é tão visível quanto a hiperidrose nas axilas ou nas mãos. Porém, suar nos pés é bem inconveniente, já que passam a maior parte do tempo cobertos, favorecendo a proliferação de bactérias que causam o mau odor e fungos que podem causar o ‘pé de atleta’. Descobrir a origem do suor é o primeiro passo quando surge o problema de sudorese excessiva. Assim, podem-se distinguir os dois tipos diferentes de hiperidrose: a primária e a secundária.
“A hiperidrose primária afeta de 1% a 3% da população mundial e não há causa específica para a origem do suor, apesar de algumas pessoas acharem que os fatores genéticos influenciem neste caso. Os acometidos pela hiperidrose primária começam a apresentar os sintomas bem cedo, quase sempre antes dos 25 anos de idade. Já a hiperidrose secundária é consequência de uma medicação ou de uma doença subjacente e pode, portanto, aparecer de uma hora para outra”, afirma Vieira.
Fim do constrangimento
Para muitos, o mau cheiro é somente consequência da falta de banho. Mas algumas pessoas sofrem com o suor excessivo e isto vai além dos cuidados com os pés. Trata-se de um desequilíbrio do organismo que pode provocar situações desagradáveis e de grande embaraço, afetando fortemente a autoestima de quem tem hiperidrose.
Por isso, a indústria disponibiliza no mercado diversos produtos que ajudam no dia a dia do consumidor que sofre com esse terrível problema. Os itens podem ser encontrados em talcos, sprays e loções, alguns agem apenas como desodorantes, enquanto outros têm ação antibacteriana.
“Para prevenir e tratar odores nos pés, indicamos o uso de talcos, como o polvilho, que combatem diretamente esses microrganismos devido às ações antisséptica, antifúngica e secativa. Também é recomendado secar bem os pés depois do banho, alternar o uso de tênis e sapatos sempre usando meias de algodão, manter o interior dos calçados limpos e andar com os pés ventilados”, sugere o farmacêutico da Granado, Elder Machado.
Segundo os especialistas, a hiperidrose não tem cura, mas pode ser controlada com o uso de produtos eficazes.
Mitos e verdades 1- Os pés devem ser lavados com esponja ou bucha e sabonete. Mito: a esponja ou bucha usadas em demasia podem ferir a pele e provocar infecções. Como em todo o corpo, os pés devem ser lavados com sabonete diariamente, mas com delicadeza. 2- Uma secagem benfeita pode evitar o alojamento e a proliferação das bactérias. Verdade: um dos principais motivos das doenças dermatológicas e do aparecimento de fungos e bactérias que provocam o mau cheiro é a umidade gerada pelo suor ou quando os pés e calçados se molham. Nunca se deve deixar os pés molhados. 3- Os pés precisam respirar. Verdade: o principal motivo para a ocorrência de mau cheiro e a proliferação de bactérias é promovido pelos pés impedidos de respirar por causa dos calçados. 4- Meias de algodão são a melhor opção. Verdade: os tecidos orgânicos devem ser preferidos aos sintéticos, pois absorvem melhor a umidade, deixando a pele dos pés mais seca. 5- Não usar os mesmos calçados dias seguidos. Verdade: sapato, bota, tênis, sandália ou chinelo não devem ser usados dois ou mais dias seguidos. E depois de usados, eles devem ser deixados em lugar seco, aberto e arejado (de preferência ao sol) para que a umidade do corpo seque por completo. 6- Fazer uso de antitranspirante. Verdade: quem sofre de suor excessivo e, consequentemente, de mau cheiro nos pés deve usar sempre um antitranspirante com cloreto de alumínio em base álcool. Fonte: diretor-geral da Osler, Paulo Castejón Guerra Vieira |
Transpiração nos pés Para evitar constrangimentos e não precisar conviver com o famoso chulé, é necessário que as pessoas reduzam o nível de bactérias da área por meio de uma limpeza cuidadosa. Com mais de 250 mil glândulas sudoríparas, os pés expelem o suor que, por sua vez, não consegue se dissipar no ar por conta de meias e sapatos. O cheiro, na verdade, é provocado por bactérias que ficam sobre a pele e que absorvem a umidade e excretam a sobra, produzindo um odor forte. Indivíduos que transpiram mais tendem a apresentar mau cheiro intenso e frequente – o que pode, inclusive, piorar em determinada situações (nervosismo, estresse). Recomende ao consumidor lavar os pés com sabonete antibactericida, usar meias limpas e arejar os calçados. Evitar calçar o mesmo tênis todos os dias. Colocar o calçado em local arejado durante 48 horas antes de usá-lo novamente. Lavar os calçados que podem ser lavados e secá-los ao sol. Fonte: Unilever |
Autor: Tassia Rocha