Ranking do Ibevar mostra que a maioria das empresas atende em mais de um canal
Em agosto último, o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) apresentou a sexta edição do “Ranking Ibevar – 120 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”. Além da identificação das maiores empresas por faturamento, o estudo inclui o Ranking por Eficiência e o Ranking por Imagem.
Segundo os dados, no ano de 2015, as 120 empresas relacionadas faturaram, juntas, R$ 444.680.183.775,00. As organizações foram classificadas também segundo a forma de operação, o que mostrou que 57% delas atuam em mais de um canal (lojas físicas, virtuais, etc.); 43% em multiformato (diferentes formatos e tamanhos de lojas); e 43% em multibandeiras (redes distintas).
Seguindo o ranking por faturamento, as dez maiores companhias do varejo brasileiro, pela ordem, foram as seguintes:
1ª. Grupo Pão de Açúcar.
2ª. Grupo Carrefour.
3ª. Grupo Walmart Brasil.
4ª. Lojas Americanas.
5ª. Magazine Luiza.
6ª. Grupo Boticário.
7ª. Raia Drogasil.
8ª. Ceconsud Brasil Comercial Ltda.
9ª. Máquinas de Vendas.
10ª. Lojas Renner S.A.
Comparando com o ano de 2014, o faturamento total das empresas apresentou um crescimento de 5,2%. Naquele período, as dez maiores varejistas do ranking sozinhas eram responsáveis por 50% do faturamento total das 120. Já em 2015, esse percentual é de 51%.
Da primeira empresa para a décima, nota-se uma diferença de 9,5 vezes no faturamento; 90 empresas faturaram acima de R$ 1 bilhão versus 79 empresas do ranking anterior; apenas nove grupos operam mais de mil lojas e apenas 11 grupos operam lojas em todos os 26 estados do Brasil e no Distrito Federal.
Segundo o presidente do conselho do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/FIA), Claudio Felisoni de Angelo, as 30 primeiras empresas do ranking por faturamento é que comandam a economia brasileira no setor. As 120 empresas representam 28% do consumo de bens no País; os artigos farmacêuticos possuem 5% do peso do segmento do varejo.
No setor de perfumaria e drogaria, as cinco maiores empresas são responsáveis por 79% do faturamento total da categoria. Em 2014, esse valor era de 74%. Porém, o setor apresentou um crescimento de 8%, negativo em comparação a outros setores analisados pelo ranking.
Drogarias e perfumarias: Resumo dos Dados
Grupo | Faturamento 2015 | Nº de Loja | Nº de Funcionários |
1. Grupo Boticário | R$ 10.100.000.000 |
3.962 |
7.000 |
2. Raia Drogasil |
R$ 9.424.777.000 |
1.235 |
26.520 |
3. Drogarias DPSP* |
R$ 7.000.000.000 |
1.080 |
25.000 |
4. Farmácias Pague menos |
R$ 4.979.272.000 |
828 |
21.320 |
5. Brasil Pharma |
R$ 3.631.755.000 |
989 |
16.000 |
* Valores estimados.
Fonte: Ibevar
Ranking por Eficiência
Já o Ranking por Eficiência considera exclusivamente, e com base em um método matemático, fatores, como a produção, o número de empregados e o número de lojas (dados disponíveis para todas as empresas). De acordo com Felisoni, puderam-se apurar as cinco empresas mais eficientes para cada segmento do varejo. No setor de drogaria e perfumaria, as que mais se destacaram foram: Grupo Boticário, Raia Drogasil, Drogarias DPSP, Drogaria Catarinense e Drogaria Onofre. As duas menos eficientes desse segmento foram a Profarma e a Drogaria Araújo.
Grupo | Eficiência | Empresas referências |
1. Grupo Boticário |
1.00000 |
Grupo Boticário |
2. Raia Drogasil |
1.00000 |
Raia Drogasil |
3. Drogarias DPSP* |
1.00000 |
Drogarias DPSP |
4. Drogaria Catarinense* |
1.00000 |
Drogaria Catarinense |
5. Drogaria Onofre* |
1.00000 |
Drogaria Onofre |
6. Dimed S.A. Distribuidora de Medicamentos (Panvel) |
0.90163 |
Grupo Boticário |
7. Drogaria Nissei* |
0.81830 |
Grupo Boticário |
8. Farmácias Pague Menos |
0.71070 |
Grupo Boticário |
9. Extrafarma |
0.68661 |
Grupo Boticário |
10. Brasil Pharma |
0.65952 |
Grupo Boticário |
11. Drogaria Araújo* |
0.64461 |
Grupo Boticário |
12. Profarma |
0.61091 |
Grupo Boticário |
Eficiência Média |
0.836 |
* Valores estimados.
Fonte: Ibevar
Ranking por Imagem
O indicador de atratividade de um objeto mostra o engajamento favorável das pessoas em relação à marca. É definido em duas dimensões:
a) Indicador de densidade imagética – é o quociente entre as mensagens favoráveis e o total das mensagens relativas às decisões de compra;
b) Indicador de atratividade exclusiva (variável proxy de indicador de fidelidade) – é determinado pela frequência do número de pessoas que se manifestam exclusivamente de modo favorável em relação a determinadas empresas de varejo.
Todos os valores foram transformados em índices (para o maior indicador em cada classificação, foi atribuído o valor 100 e demais indicadores expressos em termos deste valor) e as empresas classificadas nos respectivos segmentos.
Esse ranking, elaborado em parceria com a Epistemics, identificou as empresas de varejo mencionadas de forma mais positiva nas redes sociais. “Essas empresas foram listadas examinando, nada menos, do que cinco milhões de mensagens espalhadas pelas redes sociais em que foram citadas. A análise foi feita a partir de recursos extraídos de diversas áreas do conhecimento, como a linguística (Natural Language Processing); sociologia (estilos de vida); economia (segmentação); Tecnologia da Informação (Big Data e Data Mining); e estatística (análise multivariada)”, explica Felisoni.
As mais bem posicionadas no segmento perfumaria e drogaria foram: Drogarias Pacheco, Drogaria SP, Droga Raia, Pague Menos e Drogasil.
Imagem: Drogaria e perfumaria
Empresas | Indicador de Densidade Imagética |
1. Drogarias Pacheco |
100 |
2. Drogaria SP |
98 |
3. Droga Raia |
89 |
4. Pague Meno |
87 |
5. Drogasil |
75 |
6. Panvel |
19 |
7. O Boticário |
14 |
8. Farmais |
13 |
Imagem: Drogaria e perfumaria
Empresas | Indicador de Densidade Imagética |
1. Drogarias Pacheco |
100 |
2. Panvel |
56 |
3. O Boticário |
40 |
4. Farmais |
43 |
5. Drogaria SP |
55 |
6. Drogasil |
91 |
7. Pague Menos |
73 |
8. Droga Raia |
65 |
Expectativa do consumo
A renda da população brasileira teve uma queda de 6,7%. Somando-se a isso, a taxa de juros de 95,36% a.a. e a queda no emprego de 4,7%, a população brasileira tem menos da metade do que tinha em 2014 para comprar bens de consumo. “A recuperação lenta da economia deve proporcionar uma queda de quase 9% nas vendas no total do varejo em comparação 2015/2016. Para 2017, acredito que haverá um processo de recuperação já nos primeiros meses do ano, porém, ainda com velocidade reduzida”, diz Felisoni
Autor: Vivian Lourenço